terça 27 abril às 18h30 (em ponto) | sala 260 | entrada livre
«O Lado Selvagem», de Sean Penn, é a quarta e a sua melhor longa-metragem como realizador. Partindo da adaptação do best seller "Into the Wild", de John Krakauer, Penn realiza um dos mais belos filmes dos últimos anos. Um registo naturalista e existencialista que confronta as audiências com uma interpretação do significado da vida nos tempos correntes.
O livro e o filme inspiram-se na jornada fantástica que Christopher McCandless iniciou em 1992, prolongando-a por dois anos, onde rasgou a pé e à boleia o coração dos Estados Unidos. Christopher abandonou tudo em seu redor para partir à procura da felicidade longe da vertigem civilizacional. O livro provocou grande impacto em Penn, que adquiriu os direitos e estabeleceu uma estreita relação com a família McCandless, fundamentais para a melhor interpretação deste épico humano. Sendo que é baseado em factos verídicos, as convicções chegam até nós inalteradas e carregadas de idealismo.
Christopher (Emily Hirsh) decide caminhar para o lado selvagem, ele percorre a Terra sem animais de estimação, dinheiro ou telefones; ambiciona a liberdade dos lugares virgens da impressão humana. A sua única companhia é feita pelos personagens dos livros que carrega consigo. É um extremista viajante, um Thoreau dos anos 90. A sua casa é a estrada. Até então era um jovem pronto a entrar na faculdade mas frustrado com os pais e consigo mesmo. Até que inicia uma batalha para matar o falso ser no seu interior. Momento crucial na história: o renascer de novo, a transformação de Christopher para Alex Supertramp. Plenamente emancipado da disfuncionalidade dos pais, interpretados por Wiliam Hurt e Marcia Gay Harden, dos excessos dos bens supérfluos, parte então à aventura.» Jorge Pinto in http://www.cinema2000.pt/ficha.php3?id=10248
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